LIFE IN THE FABULOUS LANE

glitters

domingo, 5 de abril de 2015

PARIS -CENTRO CULTURAL DA ARTE CONTEMPORÂNEA
















Obra de Daniel Buran ocupa o Grand Palcis durante Monumenta 2012.

Paris desbanca Londres na Arte Contemporânea.A quela Londres que desbancou Nova York, tornando-se o centro do meca dos artistas e sonho dos galeristas. Londres que gerou a FRIEZE ART FAIR, nascida da revistinha e engordada sob uma tenda no meio do parque, até chegar as ramificações da Brasileia. Londres pelo excesso da arte contemporânea e sufocada por ela mesma, se asfixia pelo escesso da riqueza.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

A Terceira Guerra Mundial?


  A Terceira Guerra Mundial?

  Escrito por Boaventura de Sousa Santos

     É uma guerra provocada unilateralmente pelos EUA com a cumplicidade da Europa. O alvo   

    principal é a Rússia e, indiretamente, a China. O pretexto é a Ucrânia.


Tudo leva a crer que está em preparação a terceira guerra mundial, se entendermos por “mundial” uma guerra que tem o seu teatro principal de operações na Europa e se repercute em diferentes partes do mundo. É uma guerra provocada unilateralmente pelos EUA com a cumplicidade ativa da Europa. O seu alvo principal é a Rússia e, indiretamente, a China. O pretexto é a Ucrânia. Num raro momento de consenso entre os dois partidos, o Congresso dos EUA aprovou no passado dia 4 de dezembro a Resolução 758 que autoriza o Presidente a adotar medidas mais agressivas de sanções e de isolamento da Rússia, a fornecer armas e outras ajudas ao governo da Ucrânia e a fortalecer a presença militar dos EUA nos países vizinhos da Rússia. A escalada da provocação à Rússia tem vários componentes que, no conjunto, constituem a segunda guerra fria. Nesta, ao contrário da primeira, a Europa é um participante ativo, ainda que subordinado aos EUA, e assume-se agora a possibilidade de guerra total e, portanto, de guerra nuclear. Várias agências de segurança fazem planos já para o Day After de um confronto nuclear.

Os componentes da provocação ocidental são três: sanções para debilitar a Rússia; instalação de um governo satélite em Kiev; guerra de propaganda. As sanções são conhecidas, sendo a mais insidiosa a redução do preço do petróleo, que afeta de modo decisivo as exportações de petróleo da Rússia, uma das mais importantes fontes de financiamento do país. O orçamento da Rússia para o próximo ano  foi elaborado com base no preço do petróleo à razão de 100 dólares por barril. A redução do preço combinada com as outras sanções e a desvalorização do rublo agravarão perigosamente o déficit orçamental. Esta redução trará o benefício adicional de criar sérias dificuldades a outros países considerados hostis (Venezuela, Irã e Equador). A redução é possível graças ao pacto celebrado entre os EUA e a Arábia Saudita, nos termos do qual os EUA protegem a família real (odiada na região) em troca da manutenção da economia dos petrodólares (transações mundiais de petróleo denominadas em dólares), sem os quais o dólar colapsa enquanto reserva internacional e, com ele, a economia dos EUA, o país com a maior e mais obviamente impagável dívida do mundo.

O segundo componente é o controle total do governo da Ucrânia de modo a transformar este país num estado satélite. O respeitado jornalista Robert Parry (que denunciou o escândalo do Irã-contra) informa que a nova ministra das finanças da Ucrânia, Natalie Jaresko, é uma ex-funcionária do Departamento de Estado, cidadã dos EUA, que obteve cidadania ucraniana dias antes de assumir o cargo. Foi até agora presidente de várias empresas financiadas pelo governo norte-americano e criadas para atuar na Ucrânia. Agora compreende-se melhor a explosão, em fevereiro passado, da secretária de estado norte-americana para os assuntos europeus, Victoria Nulland: “Fuck the EU”. O que ela quis dizer foi: “Raios! A Ucrânia é nossa. Pagamos para isso”.

O terceiro componente é a guerra de propaganda. Os grandes media e seus jornalistas estão a ser pressionados para difundirem tudo o que legitime a provocação ocidental e ocultarem tudo o que a questione. Os mesmos jornalistas que, depois dos briefings nas embaixadas dos EUA e em Washington, encheram as páginas dos seus jornais com a mentira das armas de destruição massiva de Saddam Hussein, estão agora a enchê-las com a mentira da agressão da Rússia contra a Ucrânia. Peço aos leitores que imaginem o escândalo mediático que ocorreria se se soubesse que o Presidente da Síria acabara de nomear um ministro iraniano a quem dias antes concedera a nacionalidade síria. Ou que comparem o modo como foram noticiados e analisados os protestos em Kiev em fevereiro passado e os protestos em Hong Kong das últimas semanas. Ou ainda que avaliem o relevo dado à declaração de Henri Kissinger de que é uma temeridade estar a provocar a Rússia. Outro grande jornalista, John Pilger, dizia recentemente que, se os jornalistas tivessem resistido à guerra de propaganda, talvez se tivesse evitado a guerra do Iraque em que morreram até ao fim da semana passada 1.455.590 iraquianos e 4801 soldados norte-americanos. Quantos ucranianos morrerão na guerra que está a ser preparada? E quantos não-ucranianos?

Estamos em democracia quando 67% dos norte-americanos são contra a entrega de armas à Ucrânia e 98% dos seus representantes votam a favor? Estamos em democracia na Europa quando países da UE membros da NATO podem estar a ser conduzidos, à revelia dos cidadãos, a travar uma guerra contra a Rússia em benefício dos EUA, ou quando o parlamento europeu segue nas suas rotinas de conforto enquanto a Europa está a ser preparada para ser o próximo teatro de guerra, e a Ucrânia, a próxima Líbia?

As razões da insanidade

 Para entender o que se está a passar é preciso ter em conta dois fatos: o declínio dos EUA enquanto país hegemônico; o negócio altamente lucrativo da guerra. O declínio do poder econômico-financeiro é cada vez mais evidente. Depois do 11 de Setembro de 2001, a CIA financiou um projeto chamado “projeto profecia” destinado a prever possíveis novos ataques aos EUA a partir de movimentos financeiros estranhos e de grande envergadura. Sob diferentes formas, esse projeto tem continuado, e um dos seus participantes prevê o próximo crash do sistema financeiro com base nos seguintes sinais: a Rússia e a China, os maiores credores dos EUA, têm vindo a vender os títulos do tesouro e em troca têm vindo a adquirir enormes quantidades de ouro; estranhamente, este títulos têm vindo a ser comprados em grandes quantidades por misteriosos investidores belgas e muito acima da capacidade deste pequeno país (especula-se se o próprio banco de reserva federal não estará envolvido nesta operação); aqueles dois países estão cada vez mais a usar as suas moedas e não os petrodólares nas transações de petróleo (todos se recordam que Saddam e Kadafi  procuraram usar o euro e o preço que pagaram pela ousadia); finalmente, o FMI (o cavalo de Troia) prepara-se para que o dólar deixe de ser nos próximos anos a moeda de reserva e seja substituída por uma moeda global, os SDR (special drawing rights).

Para os autores do projeto profecia, tudo isto indica que um ataque aos EUA está próximo e que para este se defender tem de manter os petrodólares a todo o custo, assegurando o acesso privilegiado ao petróleo e ao gás, tem de conter a China e tem de debilitar a Rússia, idealmente provocando a sua desintegração, tipo Jugoslávia. Curiosamente, os “especialistas” que veêm na venda da dívida uma atitude hostil por parte de potências agressoras são os mesmos que aconselham os investidores norte-americanos a procederem da mesma maneira, isto é, a desfazerem-se dos títulos, a comprar moedas de ouro e a investirem em bens sem os quais os humanos não podem viver: terra, água, alimentos, recursos naturais, energia.

Transformar os sinais óbvios de declínio em previsões de agressão visa justificar a guerra como defesa. Ora a guerra é altamente lucrativa devido à superioridade dos EUA na condução da guerra, no fornecimento de equipamentos e nos trabalhos de reconstrução. E a verdade é que, como escreveu Howard Zinn, os EUA têm estado permanentemente em guerra desde a sua fundação. Acresce que, ao contrário da Europa, a guerra nunca será travada em solo norte-americano, salvo, claro, o caso de guerra nuclear. Em 14 de Outubro de 2014, o New York Times divulgava o relatório da CIA sobre o fornecimento clandestino e ilegal de armas e financiamento de guerras nos últimos 67 anos em muitos países, entre eles, Cuba, Angola e Nicarágua. Esta notícia serviu para que Noam Chomsky dissesse em “The Laura Flanders Show” que aquele documento só podia ter o seguinte título: “Yes, we declare ourselves to be the world´s leading terrorist state. We are proud of it” (“Sim, declaramos que somos o maior estado terrorista do mundo e temos orgulho nisso”).

Um país em declínio tende a tornar-se caótico e errático na sua política internacional. Immanuel Wallerstein refere que os EUA se transformaram num canhão descontrolado (a loose canon), um poder cujas ações são imprevisíveis, incontroláveis e perigosas para ele próprio e para os outros. A consequência mais dramática é que esta irracionalidade se repercute e intensifica na política dos seus aliados. Ao deixar-se envolver na nova guerra fria, a Europa, não só atua contra os seus interesses económicos, como perde a relativa autonomia que tinha construído no plano internacional depois de 1945. A Europa tem todo o interesse em continuar a intensificar as suas relações comerciais com a Rússia e em contar com esta como fornecedora de petróleo e gás. As sanções contra a Rússia podem a vir a afetar mais a Europa que a Rússia. Ao alinhar-se com o militarismo da OTAN onde os EUA têm total preponderância, a Europa põe a economia europeia ao serviço da política geoestratégica dos EUA, torna-se energeticamente mais dependente dos EUA e dos seus estados satélites, perde a oportunidade de se expandir com a entrada da Turquia na União Europeia. E o mais grave é que esta irracionalidade não é o mero resultado de um erro da avaliação dos interesses dos europeus. É muito provavelmente um ato de sabotagem por parte das elites neoconservadoras europeias no sentido de tornar a Europa mais dependente dos EUA, tanto no plano energético e económico, como no plano militar.

Por isso, o aprofundamento do envolvimento na OTAN e o tratado de livre comércio entre a UE e os EUA (parceria transatlântica de investimento e comércio) são os dois lados da mesma moeda.

Pode argumentar-se que a nova guerra fria, tal como a anterior, não conduzirá a um enfrentamento total. Mas não esqueçamos que a primeira guerra mundial foi considerada, quando começou, uma escaramuça que não duraria mais de uns meses. Durou quatro anos e custou entre 9 e 15 milhões de mortos. 
É uma guerra com a estratégia de sufocamento econômico da Rússia. Para evitá-la só tem um jeito: uma forte aliança dos BRICS e com todos os demais que estão abaixo da Linha do Equador e buscar uma aliança política com a esquerda e forças democráticas de todo o mundo. Uma aliança que possa resgatar o Estado de Bem-Estar Social, superação da fome, da miséria e da pobreza, especialmente no continente africano. O desafio é esse: acabar com a meleca neoliberal e promover um alto grau de cidadania no mundo. Aproveitar os bons ventos, tipo Podemos e tocar a massa na rua para que todos tenham do bom e do melhor, e o convívio pacífico entre os povos e nações.

Vida em Marte?

Analisando imagens de arquivo obtidas pelo jipe robótico Curiosity, da Nasa, uma pesquisadora nos Estados Unidos diz ter encontrado possíveis sinais de fósseis marcianos.
Imagem obtida pelo Curiosity em 2013 pode conter registros fósseis marcianos. Será? (Crédito: Nasa)
Imagem obtida pelo Curiosity em 2013 pode conter registros fósseis marcianos. Será? (Crédito: Nasa)
É isso mesmo que você leu. Nora Noffke, geobióloga da Old Dominion University, em Norfolk (EUA), apresentou a arrojada hipótese num artigo publicado on-line pelo periódico “Astrobiology”. Segundo ela, algumas das rochas fotografadas pelo rover parecem ter marcas similares às deixadas por colônias de bactérias na Terra, conhecidas genericamente pela sigla inglesa Miss (estruturas sedimentares induzidas por micróbios). São como “tapetes” macroscópicos criados pelas minúsculas criaturas ao ocupar uma determinada rocha.
Noffke é especialista nesse tipo de fóssil. Foi ela a principal autora do trabalho que identificou os mais antigos traços inquestionáveis de vida em nosso planeta, encontrados na Austrália. Eles têm 3,48 bilhões de anos de idade. Já as rochas marcianas que ela analisou agora foram avistadas pelo Curiosity em dezembro de 2012, quando ele chegou à formação geológica batizada de Baía Yellowknife, no interior da cratera Gale. Análises feitas pelo jipe mostram que ali houve um lago marciano que durou pelo menos até 3,7 bilhões de anos atrás, quando se formaram os sedimentos da rocha conhecida como Lago Gillespie, inspecionada visualmente pela cientista. Ou seja, estamos falando de estruturas que parecem ter sido formadas por bactérias num local em que essas criaturas de fato podem ter proliferado. Convenhamos, não parece nada absurdo.
Veja o que diz Noffke: “Na Terra, se essas Miss ocorressem com esse tipo de associação espacial e sucessão temporal, elas seriam interpretadas como o registro de crescimento de um ecossistema dominado por micróbios que viveu em corpos d’água que mais tarde secaram completamente.”
Comparação da foto do Curiosity com formações microbianas similares na Terra. (Crédito: Nora Noffke)
Comparação da foto do Curiosity com formações similares e modernas na Terra. (Crédito: Nora Noffke)
VERIFICAÇÃO
Apesar da premissa convincente e das exaustivas comparações entre formações similares em Marte e na Terra, Noffke alerta: por ora, trata-se apenas de uma hipótese, que ainda precisa ser posta à prova e com isso ser confirmada ou refutada.
(Essa, aliás, é a principal razão para que você não acredite cegamente em histórias de gente que vê pirâmides, animais e até seres humanos em fotos marcianas. É muito fácil “enxergar” padrões em cenários naturais — nosso cérebro é programado para identificar tudo que passa pelos olhos com formas familiares. Por isso também vemos coisas em nuvens. Mas, para confirmar qualquer percepção subjetiva, é preciso realizar novas observações, com métodos diferentes. Um exemplo bom é a famosa “Face de Marte”, em Cydonia. Uma imagem obtida pela sonda Viking em 1976 parecia revelar um rosto esculpido no planeta vermelho. Mas só parecia. Posteriormente, outra imagem da Viking e uma obtida pela orbitadora Mars Global Surveyor em 2001 sob outro ângulo de iluminação do Sol fizeram a “face” sumir. Era só uma montanha comum mesmo. Quer outro exemplo? Aposto que você enxergou dois olhos de um crânio na primeira imagem que ilustra essa matéria… Como dizia Carl Sagan, “afirmações extraordinárias exigem evidências extraordinárias”. Não acredite nas aparências e nas explicações fáceis. Sempre verifique os fatos e submeta-os a testes alternativos. Esse não é um bom conselho só para a ciência. É excelente para a vida cotidiana também.)
A primeira imagem da Viking (1976) e a versão da Mars Global Surveyor (2001). Que face? (Crédito: Nasa)
A primeira imagem da Viking (1976) e a versão da Mars Global Surveyor (2001). Que face? (Crédito: Nasa)
Infelizmente, o Curiosity já está muito longe da Baía Yellownkife e não terá como fazer análises adicionais para confirmar as observações superficiais feitas por Noffke. E a pesquisadora é a primeira a admitir que os traços poderiam ter sido produzidos por processos abióticos (ou seja, que não envolvem organismos vivos). Mas ela em particular não parece convencida de que seja o caso, dadas as semelhanças com formações estudadas na Terra. “Essa similaridade de associações marcianas e terrestres e sua mudança ao longo do tempo seriam outra extraordinária coincidência, se seus processos de formação forem diferentes.”
E agora, vamos ficar sem saber? Nem tudo está perdido. O Curiosity está explorando as imediações do monte Sharp, muito rico em rochas sedimentares, em tese também propícias à preservação de registros fósseis. Tendo isso em vista, Noffke termina seu artigo apresentando o “passo a passo” para que os pesquisadores da Nasa possam procurar novos traços de Miss e desta vez se detenham mais diante deles, realizando análises químicas que possam confirmar sua origem biológica. De acordo com a pesquisadora, os minerais presentes podem dar pistas importantes. “Em Marte, poderia haver, em estruturas candidatas, uma combinação muito diferente de minerais que é claramente divergente da mineralogia das rochas circundantes e poderia indicar biogenicidade.”
Mesmos traços no solo em Marte e na Terra. O nosso é biológico. E o de lá? (Crédito: Nora Noffke)
Mesmos traços no solo em Marte e na Terra. O nosso é biológico. E o de lá? (Crédito: Nora Noffke)
Diversos instrumentos do Curiosity poderiam procurar esses sinais. Mas talvez uma conclusão definitiva só possa ser obtida quando rochas como essas forem trazidas de Marte para a Terra. Uma missão robótica de retorno de amostras é basicamente o clamor de todos os astrobiólogos, mas ainda não está no cronograma de nenhuma agência espacial.
Apesar disso, a descoberta de sinais de vida, ainda que extinta, em Marte parece cada vez mais próxima. No fim do ano passado, o Curiosity detectou pela primeira vez plumas de metano — um gás que pode ou não estar associado a atividade biológica — emanando do solo do planeta vermelho. Sua posterior investigação é um possível caminho para a busca pelos marcianos. Noffke, agora, abre uma segunda rota. Quanto mais trilhas a seguir, maior a chance de sucesso.
Talvez você não se anime muito com o que seriam apenas criaturas unicelulares. Quem se importa com bactérias? Bem, note que a descoberta de vida extraterrestre, de qualquer tipo, já trará consigo uma revolução. Ela confirmará a desconfiança dos cientistas de que a biologia emerge sempre que as condições são favoráveis. Se aconteceu até em Marte, um planeta apenas marginalmente habitável, que não diremos de outros mundos fora do Sistema Solar que sejam similares à Terra?

sábado, 27 de dezembro de 2014

A herança imobiliária de dois imigrantes europeus - Naghettini e Póvoa

A herança imobiliária de dois imigrantes europeus

qui, 12 de junho de 2014
Abertura Histórias de Uberlândia

A casa do italiano pioneiro

O primeiro rádio da emergente Uberabinha, e também o primeiro automóvel, pertenceram a um italiano que fixou morada na cidade, o fotógrafo e comerciante Ângelo Naghettini. Graças à sua câmera temos, hoje, importantes registros da pacata cidade de Uberabinha, preservados no Arquivo Público Municipal. Sua residência também está preservada, no começo da avenida Afonso Pena, quase esquina com rua Goiás, no início da chamada Cidade Nova, ambicioso plano de expansão da década de 1920. A cidade se concentrava, naquela época, no espaço do bairro Fundinho de hoje. A beleza e excentricidade da construção constitui uma amostra dos projetos arquitetônicos que estavam sendo incorporados e implementados em Uberabinha.
O palacete, denominado Ângelo Naghettini, foi construído entre os anos de 1925 e 1927 por um construtor alemão que se encontrava na cidade, a serviço da Prefeitura Municipal, cujo nome não se tem registro. O edifício, com três pavimentos, era o mais alto da cidade, na época de sua construção, e um dos mais requintados. Empregou tecnologia inovadora utilizando cimento importado e novos materiais nos acabamentos. Mobiliários e ornamentos também foram importados. Foi projetado para abrigar a residência da família do italiano e seu estúdio de fotografia, que ocupavam o primeiro pavimento.
Com a marca do pioneirismo, alguns cômodos comerciais no térreo foram usados para outros empreendimentos do proprietário, tais como empresa funerária, a primeira ótica da cidade e também a primeira fábrica de molduras de quadros e espelhos, e loja de joias. O terceiro pavimento constituía-se de um mirante e sótão, que durante algum tempo foi utilizado também como um segundo estúdio fotográfico.
Depois da morte de Naghettini, em 1970, a divisão dos cômodos do térreo foi alterada, sendo alugados para estabelecimentos comerciais. O primeiro e o segundo pavimentos permaneceram desocupados até 1983, quando o imóvel foi arrematado em leilão por Victório Siquieroli. Após esta data, o primeiro e segundo pavimentos também foram redivididos e passaram a ser alugados para lojas. O proprietário do imóvel adquiriu o terreno da lateral esquerda e o transformou em estacionamento para as lojas.
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Os vários negócios do português

O português Joaquim Marques Póvoa foi empreiteiro e figura relevante no setor de comercial e industrial da cidade de Uberabinha. Em 1926, ele montou seu primeiro negócio vendendo secos e molhados.
A prosperidade dos negócios na cidade o levou a montar uma filial no distrito de Martinópolis, atual Martinésia, denominada A Americana Filial Casa Póvoa, que vendia tecidos e também secos e molhados. A inauguração desta loja foi fundamental para a eletrificação do distrito. Entretanto, o baixo consumo e as mudanças políticas ocorridas na época não deixaram Martinópolis prosperar. Isso acarretou o fechamento da loja que passou então a ter vários usos como cinema, farmácia, clube de dança familiar e depósito de arroz, até a sua venda em dezembro de 1953.
Joaquim Marques Póvoa foi construtor e proprietário do Cine Teatro Avenida, inaugurado em 10 de outubro de 1926, que era contratado por José Peppe, sócio da firma Peppe & Cia.
Em 1935, um dos empregados de Joaquim Marques Póvoa abriu processo de acidente de trabalho contra o português. Nesse documento, encontra-se a referência de que o patrão possuía a mais sólida fortuna de Uberlândia, sendo um grande industrial e abastado comerciante, proprietário dos melhores prédios residenciais e de aluguéis da cidade, além de outros no distrito de Martinésia.
Em meados década de 1930, aproveitando o crescimento que a Estação Ferroviária Mogiana propiciou eu seu entorno, com a construção de vários galpões para o armazenamento de encomendas que eram transportados pela estrada ferroviária, lojas, residências, além de hotéis e pensões para a instalação das pessoas recém-chegadas, Joaquim Marques Póvoa construiu um prédio ao lado do cinema e na esquina das avenidas Afonso Pena e João Pessoa de frente para a praça da estação.
O imóvel foi construído com o intuito de receber uma pensão de grandes proporções, refletindo o expressivo movimento de pessoas, cargas e dinheiro nessa região. No pavimento inferior da Pensão, até a década de 1940, existiu o bar Trianon, muito refinado e bem freqüentado pela elite uberlandense.  A Pensão Guanabara, no andar superior, funcionou até a década de 1970, ainda conservando seu nome original.
Com a saída da estação, a construção do novo fórum e, em seguida, do Terminal Central, o hotel, renomeado para Hotel São Pedro e depois para Hotel Real foi perdendo lugar. Associado ainda ao aumento do comércio varejista popular e de serviços, a região foi brutalmente desvalorizada, o que impossibilitou a conservação do ponto e da serventia de um hotel de tamanha proporção.
Atualmente, o andar superior é utilizado como residência, e o pavimento inferior conta com seis lojas, sendo duas lanchonetes, outras duas de brinquedos e presentes, uma ótica e relojoaria, e outro comércio de quinquilharias. O Cine Teatro Avenida também foi desativado e hoje abriga um banco.
Trabalhos de urbanização da avenida Afonso Pena, década de 1940. Do lado esquerdo o prédio de Ângelo Naghettini, com seus três andares. Foto: Divulgação
Trabalhos de urbanização da avenida Afonso Pena, década de 1940. Do lado esquerdo o prédio de Ângelo Naghettini, com seus três andares. Foto: Divulgação

Trecho da avenida Afonso Pena. Destaque para a torre da residência Naghettini com a propaganda de sua ótica. Foto: Divulgação
Trecho da avenida Afonso Pena. Destaque para a torre da residência Naghettini com a propaganda de sua ótica.
Foto: Divulgação

Trecho da avenida Afonso Pena. Destaque para a torre da residência Naghettini com a propaganda de sua funerária. Foto: Divulgação
Trecho da avenida Afonso Pena. Destaque para a torre da residência Naghettini com a propaganda de sua funerária.
Foto: Divulgação

Praça da Liberadade, Uberabinha. Foto tirada por Ângelo Naghettini, no alto da torre de sua residência. Foto: Divulgação
Praça da Liberadade, Uberabinha. Foto tirada por Ângelo Naghettini, no alto da torre de sua residência. Foto: Divulgação

Primeiro comércio de Joaquim Marques Póvoa, esquina de rua Bernardo Guimarães com avenida João Pinheiro, atual prédio do INSS em Uberlândia. Foto: Divulgação
Primeiro comércio de Joaquim Marques Póvoa, esquina de rua Bernardo Guimarães com avenida João Pinheiro, atual prédio do INSS em Uberlândia. Foto: Divulgação

Pensão Guanabara e bar Trianon. Foto: Divulgação
Pensão Guanabara e bar Trianon. Foto: Divulgação

Cine Teatro Avenida e pensão Guanabara . Foto: Divulgação
Cine Teatro Avenida e pensão Guanabara . Foto: Divulgação

Pensão Guanabara e bar Trianon. Foto: Divulgação
Pensão Guanabara e bar Trianon. Foto: Divulgação
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Coimbra Júnior.
(*) Administrador de Empresas, especializado em Finanças. Trabalha atualmente na Via Travel Turismo. Criou a página História de Uberlândia no Facebook.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Eike ficará com até US$ 2 bilhões, diz jornal



Após reestruturação, Eike ficará com até US$ 2 bilhões, diz jornal

Grupo de Eike estaria sendo desmembrado.
Empresário deixou comando do conselho de administração da MPX.


ChChairman do grupo EBX, Eike Batista, comparece a conferência econômica em Bervelly Hills, na Califórnia. (Foto: Reuters) 












Eike Batista começou a se desfazer de seu "império", mas deve continuar bilionário. Segundo reportagem do jornal "Valor", teria sido dado início a um plano de desmembramento do grupo EBX, que congrega as empresas controladas por Eike, ao final do qual o empresário deverá ficar sem dívidas e com um patrimônio estimado entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões.
É muito dinheiro – mas uma queda e tanto se comparado à fortuna de Eike estimada em US$ 35,4 bilhões em março de 2012, segundo a Bloomberg.  Nesta quarta-feira (4), a estimativa era que o empresário "valesse" US$ 2,9 bilhões. Dois dias antes, a fortuna era avaliada em US$ 4,1 bilhões.
Segundo o "Valor", a reestruturação do grupo deve envolver a venda do que for possível, injeções de capital no que for viável e encerrar o que for inviável.

sábado, 1 de junho de 2013

Bienal de Veneza 2013, o tema da Bienal é "O palácio enciclopédico"

Bienal de Veneza destaca obras de brasileiros

Tradicional mostra tem o desafio de recolher a memória passada e 'futura' das belas-artes.


Obras do pintor americano Daniel Hesidence expostas em Veneza (Foto: Italo Rondinelli/BBC)Obras do pintor americano Daniel Hesidence expostas em Veneza (Foto: Italo Rondinelli/BBC)
Todos os canais de Veneza levam à 55ª Bienal das Artes da cidade italiana, que a partir deste sábado abriga 158 artistas de 37 nações.
A eles somam-se as exposições nacionais de 88 países -- sendo dez estreantes, entre eles o Vaticano. Elas estão instaladas em pavilhões próprios ou em sedes emprestadas, que vão do pátio interno de um quartel da Marinha italiana a igrejas, palácios de época e praças públicas.
O tema da Bienal é "O palácio enciclopédico", uma utópica construção do ítalo-americano Marino Auriti (1891-1980). Trata-se de um museu que deveria ter sido criado em 1955, em 16 quarteirões de Washington. Seu objetivo era conretizar a ideia de abrigar todo o saber da humanidade em um único local. A maquete original está na entrada do Arsenal, uma das duas principais áreas da grande mostra.
A Bienal retoma o tema e lança o desafio de recolher a memória passada e "futura" das belas-artes.
O curador Massimiliano Gioni propôs, através desse exercício de arqueologia artística, investigar o mundo criativo de quem filma, esculpe, pinta, desenha e representa o imaginário coletivo e a imaginação pessoal.
"Todos são criadores de imagens, e não tem diferença entre um artista formado e um autodidata", diz Gioni.
Mundo dos sonhos
E ele parte da repetição de uma ideia que "martela" na cabeça de um artista até a realização de uma obra.
Por isso mesmo é um livro, o Livro Vermelho, do suíço Carl Jung (1875-1961), a obra que abre a Bienal, no Pavilhão Central. Os desenhos que ilustram o volume original estão reproduzidos nas paredes laterais. O mundo dos sonhos ganha uma interpretação real.
Numa sala adjacente está a obra da suíça Emma Kunz (1892- 1923), que acreditava ter poderes paranormais e realizava pinturas geométricas com o objetivo de analisar o fluxo de energia entre si e o paciente em cura.
A Bienal também dá grande destaque às obras do brasileiro Arthur Bispo do Rosário, que expõe 15 tapeçarias e objetos numa grande sala no Arsenal.
"Estou muito contente que ele esteja aqui, numa Bienal que parece marcada pela vontade de romper com o fechamento da arte e por estabelecer o diálogo com o inconsciente, com o involutário, com a arte popular", disse à BBC Brasil Luís Pérez-Oramas, curador do pavilhão brasileiro.
Arte política
A bienal também abre espaço para manifestações políticas. Entre os 47 eventos paralelos, existem aqueles que usam a arte para denunciar questões de direitos humanos e a sociedade consumista.
A modelo e atriz Milla Jovovich participa de leilões imaginários de arte e vestidos, com um tablet nas mãos, prisioneira de um cubo de vidro.
A "perfomance" foi realizada nos jardins do palácio histórico Malipiero Barnabò, sob os cuidados da artista Tara Subkoff. O evento foi uma jogada publicitária de uma marca de roupas, com uma mensagem nobre. Compre melhor e menos.
Já a obra do artista dissidente chinês Ai Wei Wei ocupa a igreja de Sant'Antonin com o trabalho "Sacred".
Ele criou a representação do cotidiano de sua prisão de 80 dias ocorrida em 2011. Uma pequena "via crucis", que vai do banheiro ao domirtório ou ao interrogatório, foi recriada com estátuas de ferro. A mãe e a irmã do artista vieram à Bienal, em seu lugar.
Entre festas nababescas nos iates ancorados diante dos Jardins da Bienal e os leilões privados em salas exclusivas, além de jantares para poucos convidados, a Bienal de Veneza espera receber meio milhão de visitantes, até 24 de novembro.

sábado, 11 de maio de 2013

One World Trade Center



Critério técnico pode 'diminuir' altura do One World Trade Center

Órgão que ranqueia arranha-céus vai analisar se ele é o maior dos EUA.
Prédio no local de atentados em Nova York teve ponta colocada nesta 6ª.

Do G1, em São Paulo
Vista de Manhattan com a antena instalada no One World Trade Center  (Foto: Reuters/Gary He/Insider Images/Handout )Vista de Manhattan com a ponta instalada no One World Trade Center (Foto: Reuters/Gary He/Insider Images/Handout )
Nesta sexta-feira (10), o One World Trade Center, maior prédio que ocupa a zona onde ocorreram os atentados de 11 de setembro de 2001, teve colocado seu pináculo, a ponta que lhe confere a altura de 541 metros, tornando-o o prédio mais alto do hemisfério ocidental, pelo menos segundo seus construtores. Essa altura equivale a 1776 pés, uma homenagem à independência dos EUA, ocorrida em 1776.
O One World Trade Center
em números:
 
-104 andares
- lobby com 15 m de altura
- 279 mil m² para escritórios
-70 elevadores
-9 escadas rolantes
- 93 mil m² de vidros externos
Mas sua altura não é um assunto livre de controvérsia. Acontece que, no topo do prédio, há uma estrutura similar a um mastro, com 124 metros, que, se for considerada tecnicamente uma antena, coloca o arranha-céu atrás da Willis Tower (antiga Sears Tower), em Chicago, que tem 442 metros.
O Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano, uma organização que ranqueia os prédios mais altos do mundo, esclarece que uma antena é algo removível. Após o término da construção, a instituição vai avaliar o que é a estrutura no topo One World Trade Center, e confirmar se ele é, ou não, o mais alto do Ocidente.
O prédio mais alto do mundo é o Burj Khalifa, em Dubai, com 828 metros. As Torres Gêmeas, destruídas em 11 desetembro de 2001, tinham cerca de 414 metros, sem contar a antena que havia sobre uma delas.
Bandeira americana é vista na frente do One World Trade Center (Foto: Gary Hershorn/Reuters)Bandeira americana é vista na frente do One World
Trade Center (Foto: Gary Hershorn/Reuters)
A antena do One World Trade Center é vista do passeio do Brooklyn (Foto: Spencer Platt/Getty Images/AFP )O One World Trade Center é visto do passeio
do Brooklyn (Foto: Spencer Platt/Getty Images/AFP )
Deck Turístico
A ponta colocada One World Trade Center não significa que a obra esteja terminada, tampouco que o prédio de 104 andares será aberto em breve a visitantes. A previsão é que o deck turístico, que ficará instalado nos três últimos andares e dará vista a toda Manhattan funcione apenas a partir de 2015.
Anteriormente chamado de Torre da Liberdade, o One World Trade Center é um dos quatro arranha-céus em construção em torno do local onde as Torres Gêmeas caíram, em uma parceria entre o desenvolvedor Larry Silverstein e a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey, proprietária do terreno.
Segundo artigo publicado por “The Wall Street Journal”, as várias partes envolvidas no projetos são um dos fatores que fizeram a obra demorar tanto. O One World Trade Center foi planejado em 2003.  O desenho mudou três vezes nas mãos de dois diferentes arquitetos.
Ainda segundo o mesmo artigo, 55% da área útil do edifício já tem inquilinos. Um terço do prédio será ocupado pela editora Condé Nast. Outra parte será usada por órgãos governamentais, como forma de subsídio ao projeto. Uma empresa chinesa do setor imobiliário também já se comprometeu a manter escritórios no local.
Ainda assim, será necessário um milagre para que haja retorno para os US$ 3,9 bilhões nos próximos anos investidos na construção do edifício, o que o torna provavelmente o mais caro já erguido no mundo. A esperança é que, em algumas décadas, com a subida dos valores dos aluguéis, ele possa ser rentável.
A antena do One World Trade Center é instalada no One World Trade Center (Foto: Timothy A. Clary/AFP Photo)A antena do One World Trade Center é instalada no One World Trade Center (Foto: Timothy A. Clary/AFP Photo)
A vista de Manhattan do 105° andar do One World Trade Center (Foto: Mark Lennihan/AP Photo)A vista de Manhattan do 105° andar do One World Trade Center (Foto: Mark Lennihan/AP Photo)
Mulher tira foto do Empire State Building (à esq.) ao lado do One World Trade Center (centro) (Foto: Richard Drew/AP)Mulher tira foto do Empire State Building (à esq.) ao lado do One World Trade Center (centro) (Foto: Richard Drew/AP)
Antena é instalada sobre One World Trade Center em Nova York (Foto: AP)Topo é instalado no One World Trade Center, em Nova York (Foto: AP)
 

sábado, 13 de abril de 2013

Rijksmuseum reabre com fogos de artifício

Após uma década de reforma, Rijksmuseum reabre com fogos de artifício







O Rijksmuseum, em Amsterdã, foi reinaugurado neste sábado (13), após uma década em reforma.
A cerimônia de reabertura do principal museu holandês foi marcada por uma queima de fogos de artifício em sua fachada e foi uma das últimas aparições oficiais da rainha Beatrix, que abdicou o trono em favor de seu filho, o príncipe Willem-Alexander.
"O Rijksmuseum escreverá uma nova página de sua história", declarou o diretor do museu, Wim Pijbes, na quinta-feira durante apresentação à imprensa.
As obras do museu estão avaliadas em mais de 375 milhões de euros.
"Tudo mudou de lugar, exceto uma pintura, 'A Ronda Noturna'", acrescentou Pijbes, referindo-se à tela mais famosa do artista holandês Rembrandt (1606-1669).
Principal atração do museu, a pintura de 3,8 metros de altura e 4,5 metros de largura tem seu próprio salão, o "Salão da Ronda Noturna", desde 1885, data na qual o Rijksmuseum se instalou no imóvel que ocupa atualmente.
"Nossa ambição é que toda criança holandesa veja 'A Ronda Noturna' antes de completar 12 ou 13 anos", disse Pijbes. "O Rijksmuseum reúne as pessoas, a arte e a história", acrescentou.
Antes de sua renovação, o Rijksmuseum recebia cerca de um milhão de visitantes por ano. Agora, poderá receber entre 1,5 e 2 milhões de visitantes por ano.
O museu tem algumas das mais importantes obras-primas do século de ouro, entre elas pinturas de Rembrandt, Johannes Vermeer e Gabriel Metsu, artistas de uma época na qual a Holanda dominava o comércio mundial.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O maior prédio do mundo Arranha-céu no Azerbaijão terá mais de 1 km de altura.

O maior prédio do mundo

 

Arranha-céu no Azerbaijão terá mais de 1 km de altura. 

 

Veja projeto

 


A Azerbaijan Tower será o maior prédio do mundo
Um quilômetro é uma distância considerável. Agora imagine este comprimento para cima. O maior prédio do mundo será maior que isso. A Azerbaijan Tower terá incríveis 1.050 metros de altura e 189 andares. Isso quer dizer que o arranha-céu será bem maior que o Sky City One, de 838 metros, que deve ser inaugurado na China em janeiro.

O projeto ficará nas Khazar Islands, um arquipélago artificial no Mar Cáspio, no Azerbaijão. O arranha-céu é a peça principal de um projeto de 100 bilhões de dólares para construir vários prédios e uma pista de Fórmula 1 no país. A construção da Azerbaijan Tower começará em 2016 e deve ser finalizada entre 2018 e 2019. O projeto completo será entregue em 2022 pela Empresa Avesta Group. A torre deve colocar o Azerbaijão na lista das cidades mais altas do mundo.


O arranha-céu terá mais de 1 km de altura

A Azerbaijan Tower ficará em um arquipélago artificial

Todas as construções custarão 100 bilhões de reais

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

domingo, 5 de agosto de 2012

MEU NOME SÉRGIO

Seu número de personalidade: 8


Com habilidade para se expressar e administrar, você poderá se ligar a empresários, escritores e profissionais da área de comunicações. Todo o seu sucesso advém do esforço pessoal e da boa administração dos recursos que vier a ganhar. De preferência, tenha o seu próprio negócio, visto que não tem facilidade para seguir as determinações de outrem. Use de discernimento, valores firmes e esforço para alcançar os seus objetivos, não esquecendo que deve trabalhar para o bem comum. Evite a ambição desmedida, o despotismo, o egoísmo, o desperdício e as extravagâncias de qualquer espécie. Vincula-se a eternidade, justiça e plenitude, atração e repulsão, vida, terror, separação, destruição, promessa e ameaça. Seus símbolos ocultos são a Justiça e o caminho da Perfeição. Sua vibração é saturniana. Sua marca é vencer.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Planeta similar à Terra é achado ao redor de estrela parecida com o Sol




Planeta similar à Terra é achado ao redor de estrela parecida com o Sol

Astro pode conter água líquida em sua superfície.
Nasa anunciou novos dados da sonda Kepler


A agência espacial norte-americana (Nasa) anunciou nesta segunda-feira (5) a descoberta do primeiro planeta com tamanho parecido com o da Terra e que gira ao redor de uma estrela parecida com o Sol. O planeta fica a 600 anos-luz de distância e foi detectado pela sonda Kepler, lançada em 2009 com o objetivo de descobrir novas "Terras" pelo espaço.

Outra característica do astro é que ele se encontra a uma distância da estrela que pode permitir o desenvolvimento de água líquida e atmosfera, condições ideais para o surgimento da vida como a conhecemos. Quando um planeta se encontra nessas condições, diz-se que ele está em uma "zona habitável" (em inglês também é comum o termo "goldilocks").
O planeta recebeu o nome de Kepler 22b. Sua descoberta será relatada na revista "The Astrophysical Journal", uma das principais publicações científicas sobre astronomia.
Em fevereiro, os astrônomos da Nasa haviam anunciado uma lista com 54 astros que poderiam ser habitáveis. Desses, apenas Kepler 22b foi confirmado como planeta. O astro possui um raio 2,4 vezes maior que o da Terra e gira ao redor de sua estrela em 290 dias. Os cientistas ainda não sabem dizer o planeta é rochoso ou gasoso.
Ilustração mostra como seria o planeta Kepler 22b. (Foto: Ames / JPL-Caltech / Nasa)Ilustração mostra como seria o planeta Kepler 22b. (Crédito: Ames / JPL-Caltech / Nasa)
Números da Kepler
O novo balanço da missão Kepler revelou a existência de 1.094 novos candidatos a planetas. Desses, 10 estariam na "zona habitável" das estrelas que orbitam. Observações futuras deverão confirmar se estes corpos são ou não planetas.
Atualmente, apenas 600 astros são confirmados como planetas pelos astrônomos. A sonda Kepler é, atualmente, a principal desvendadora de novos mundos. O instrumento vasculha as redondezas de 150 mil estrelas, todas localizadas em uma faixa no céu entre as constelações do Cisne e de Lira.
Para confirmar que Kepler 22b era mesmo um planeta, a sonda precisou verificar o sinal vindo daquela região pelo menos três vezes. A estrela que ela orbita é um pouco mais fria que o nosso Sol.
Desde o último balanço, em fevereiro, o número de candidatos a planetas cresceu 89% e agora chega a 2.326. Desses, 207 têm tamanho próximo ao da Terra, 680 são maiores que o nosso planeta e 1.181 são tão grandes quanto Netuno. A lista é completada por 203 astros com as mesmas dimensões que Júpiter e apenas 55 maiores que o maior astro do Sistema Solar (depois do Sol)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Centro de uma galáxia com sua imagem precisa dos Telescópios

Telescópios fazem imagem mais precisa do centro de uma galáxia

Equipamentos do Chile e dos EUA captaram o quasar brilhante 3C 279.
Observação é passo importante para obter dados de buracos negros.


Uma equipe de astrônomos conseguiu realizar a observação direta mais precisa até hoje do centro de uma galáxia distante, o quasar brilhante 3C 279, de acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (18) pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), que disponibilizou o telescópio Atacama Pathfinder Experimente (Apex), instalado no Chile, para o feito.
Com a ajuda de outros dois telescópios que funcionam nos Estados Unidos – um no Arizona e outro no Havaí --, os cientistas divulgaram uma concepção artística que possibilita distinguir detalhes dois milhões de vezes mais precisos do que o conseguido pelo olho humano.
Quasares são núcleos de galáxias muito brilhantes e distantes da Terra. Possuem a massa de milhões de sóis, porém confinada em espaços tão "pequenos" quanto o Sistema Solar.
Estas observações representam um passo importante no sentido de obter imagens de buracos negros de elevada massa e das regiões que os rodeiam. A junção dos telescópios é um teste para a futura criação do “Telescópio de Horizonte de Eventos”, que vai auxiliar a obter imagens de outras galáxias. O projeto é uma colaboração internacional, coordenada pelo Observatório MIT Haystac.
Imagem do quasar (Foto: Divulgação/ESO)Concepção artística do quasar brilhante 3C 279. (Foto: Divulgação/ESO)
Três telescópios -- um no Chile e outros dois nos EUA -- foram utilizados para reproduzir essa imagem. (Foto: Divulgação/ESO) 
Três telescópios -- um no Chile e outros dois nos EUA -- foram utilizados para reproduzir essa imagem. (Foto: Divulgação/ESO)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

CIA diz que mais famosa captura de disco voador nos EUA é verdadeira

Ex-agente da CIA diz que mais famosa captura de disco voador nos EUA é verdadeiraCadáver de ET estaria dentro do óvni de Roswell

  • Cadáver de ET estaria dentro do óvni de Roswell
No dia 8 de julho de 1947, um objeto voador muito suspeito foi encontrado em um rancho, na cidade de Roswell, no interior do Estado norte-americano do Novo México. Apesar de o governo dizer que se tratava de um balão meteorológico, ufólogos de todo o mundo não têm dúvida de que o episódio é uma das principais provas de que discos voadores já visitaram a Terra.
Agora, 65 anos depois do famoso incidente, um ex-agente da CIA, o serviço secreto americano, confirma o que muita gente já desconfiava.
“Não era a droga de um balão meteorológico. Era sim o que as pessoas achavam que era quando encontraram aquilo”, disse Chase Brandon. “Aquele objeto claramente não era deste planeta”, completou.

Brandon trabalhou por 25 anos em um departamento da CIA conhecido como Serviço Clandestino. Nos seus dez últimos anos de serviço, tornou-se diretor de publicações e teve a oportunidade de conhecer uma seção especial no quartel-general da agência, em Langley, no Estado da Virgínia.
Era um local tão secreto que poucas pessoas na CIA tinham acesso. “Um dia, eu estava caminhando pelo local até que uma caixa me chamou atenção. Ela tinha uma só palavra escrita nela: Roswell”, contou. “Eu a abri, dei uma olhada e disse: ‘Meu Deus, aquilo realmente aconteceu’.”
Brandon não diz exatamente o que encontrou, apenas afirma que leu alguns documentos e viu algumas fotos. “Aquele momento validou tudo o que eu acreditava”, disse.