Acervo do Arquivo Público guarda mais de 10 mil fotos e documentos com um acervo composto por mais de 10 mil fotografias e documentos que registram o início da história de Uberlândia, o Arquivo Público Municipal é uma importante fonte de informação para pesquisadores, sobretudo, para universitários. Em média, 20 pessoas passam por lá diariamente.
A inauguração do espaço aconteceu em agosto de 1988, depois de extenso trabalho de coleta de materiais. A maior parte dos registros foi comprada pelo Arquivo Público e os demais doados por familiares de personalidades da cidade.
Em destaque o prédio do antigo Cine Bristol Foto: Oswaldo Naghettini
Um dos acervos mais vastos é o do fotógrafo já falecido Osvaldo Naghettini, com registros que vão desde os primórdios da construção de Uberlândia até festas e assassinatos ocorridos naquela época. O órgão mantém ainda as atas da Câmara Municipal desde 1892 e os processos lá registrados desde 1947. O primeiro jornal publicado em Uberlândia, "A Reforma", também está arquivado, bem como as edições do Jornal CORREIO. Ainda há exemplares de "O Progresso", "A Tribuna" e "Nova Era", tudo disponibilizado para pesquisas.
Antes da popularização dos microcomputadores, toda a contabilidade da Prefeitura, créditos e débitos, era feita em livros manuscritos. Este material também está no Arquivo Público e pode ser folheado por quem tiver interesse.
No local existem, inclusive, registros de sepultamentos do século 19. No total, o órgão mantém os acervos de seis cidadãos uberlandenses: Jerônimo Arantes, Napoleão Carneiro, Roberto Cordeiro, Roberto Vieira, Osvaldo Vieira Gonçalves e Osvaldo Naghettini.
Vista de Uberlândia, registro da década de 40 Foto Oswaldo N aghettini
Atualmente, os funcionários estão trabalhando com o acervo do jornalista Dantas Ruas, doado há 3 anos ? depois de seu falecimento, porém, em condições precárias, já que a maioria das anotações foi feita em papel de fácil degeneração e sem muito cuidado na conservação. De acordo com a chefe do Arquivo Público, Valéria Maria Queiroz Cavalcante Lopes, é preciso investir em restauração, o que, infelizmente, demanda muito dinheiro e tempo.
Uma das relíquias disponibilizadas pelo Arquivo Público é a fotografia de uma tela do artista plástico Geraldo Queiroz, em que retrata a primeira capela da cidade, onde Uberlândia começou a ser construída. Segundo Valéria não existe nenhum outro registro desta capela de que se tenha notícia. A tela foi pintada em 1942, quando a capela já havia sido ampliada e em seu lugar estava a Matriz de Nossa Senhora do Carmo, demolida em 1943 para a construção da rodoviária. Hoje, nesta área está a Biblioteca Pública Municipal.
Avenida Floriano Peixoto, em registro da década de 30 Foto Oswaldo Naghettini
Por incrível que pareça, a maior carência do Arquivo Público é de documentos e fotografias datados a partir da década de 90. Segundo Valéria, eles estão espalhados pelas secretarias municipais e precisam ser recolhidos, atendendo à proposta do Arquivo de gestão documental. Para se pesquisar, por exemplo, sobre os projetos já executados na praça Sérgio Pacheco, o órgão não tem subsídio suficiente.
Avenida Afonso Pena com a rua Machado de Assis Foto Oswaldo Naghettini
Igraja Nossa Senhora do Rosário década de 40 Foto Oswaldo Naghettini
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
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Um comentário:
sergio gostei, mas gostaria de algumas fotos da avenida joao pessoa principalmente do antigo comercio dela. em especial "sapataria carijó. meu nome é Bartolomeu de Souza.
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